Massacre Paracatu:empréstimo negado e exclusão de whatsaap da igreja motivaram atirador
Inquérito já foi concluído
O atentado ocorreu dia 21 de maio. Naquela noite, Rudson foi até a casa de sua mãe, onde também se encontravam a irmã e sua ex-namorada, Heloísa. Chegando lá, atacou a ex-companheira com uma facada na região do pescoço da moça, que após ter sido socorrida pelo corpo de bombeiros morreu a caminho do hospital para onde estava sendo levada por uma parada cardiorrespiratória.
Em seguida, Rudson se dirigiu a Igreja Batista Shalom, onde costumava participar ativamente de ministérios e frequentar assiduamente as cerimonias religiosas. Chegando lá, ele efetuou disparos contra um homem e uma mulher, que morreram no local. Posteriormente, fez ainda uma refém. Mesmo depois da chegada da poícia e de algumas tentativas de negociação, atirou fazendo assim a quarta vítima naquela noite. Sendo assim, os policiais militares objetivando deter o autor do crime, atiraram no homem. Ele foi socorrido e levado para o hospital da cidade, onde deu entrada em estado grave. Contudo, Rudson já teve alta e em seguida foi encaminhado para o presídio.
O inquérito de investigação foi concluído nessa terça-feira pela delegada de Homicídios da 2ª Delegacia Regional de Paracatu, Thays Silva. Segundo ela,o principal motivo para o atentado teria sido a exoneração dele do cargo de liderança de um célula religiosa.
“Ficou evidenciada que a motivação foi o afastamento dele da posição de liderança de uma célula religiosa. A partir daí, ele teria se indignado e começado a ter posturas inidôneas ao pastor. Teria feito isso através de mensagens em grupos de Whatsapp compostos por integrantes da sociedade religiosa. Devido a isso, passou a ser excluído desses grupos. O pastor removeu o Rudson dos grupos da comunidade. Isso teria causado ira, revolta e indignação no autor”, explicou a delegada.
Integrantes da igreja desaprovaram as atitudes de Rudson e ficaram do lado do pastor da igreja Evandro Rama, Isso explica os ataques aos membros, e não só ao pastor.
No caso da ex-namorada, foi descartada a possibilidade do assassinato envolver qualquer motivação passional. As investigações apontaram que teria sido assassinada por continuar a frequentar a igreja mesmo após os atritos dele com o pastor e por se negar a emprestar dinheiro
“Então, por isso, não tenha se dirigido não somente ao pastor, mas também ao grupo de lideranças da igreja, de intercessores. E também a própria Heloísa, a ex-namorada dele, que continuou participando das reuniões de intercessões e bastante atuante na comunidade religiosa”, afirmou a delegada.
Ao todo, vieram a óbito: Rosângela Albernaz, de 50; Marilene Martins de Melo Neves, 52; e Antônio Rama, 67, pai do pastor da igreja.